Gotas de Baunilha

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Comprei o Patchwork há alguns anos, curiosa com alguns dos artigos sobre Moda Lolita escritos à época do boom da moda no Japão. Não gosto do Novala, muito menos da escrita dele, mas acho que esse tipo de produção é muito interessante para entender os caminhos da moda do final dos anos 90 até os dias de hoje. 

Decidi traduzir então o primeiro texto do 3° capítulo: Lolita e seus salmos. O Patchwork, talvez você não saiba, é um livro organizado como uma feira shop: cada capítulo é um andar da loja e uma temática diferente da moda. A narrativa é aquela mesma do Novala que você já deve estar careca de ver: super conceitual, sem tradução direta e carente de várias adaptações para fazer sentido no nosso idioma.

Como de costume, essa é uma tradução livre e passível de erros. Caso encontre algo fora do lugar, não hesite em comentar!


3° andar
Lolita e seus salmos (p.75)

Riram de você por sua fé herege.
Nesse andar fechado você pode dançar com leveza.

Se você acreditar em mim,
Se deixar que eu cuide de você,
Eu lutarei,
Lutarei para proteger esse lugar sagrado que existe entre você e eu.

Parece uma luta imprudente, sem chances de vitória,
Mas não importa o quão desesperador pareça, enquanto não nos rendermos, nós temos como vencer.


(p.76-79) 

Introdução à teoria Lolita
Lolita como ultra-anarquismo

Lolita: todos sabem que essa palavra tem suas raízes na obra de Nabokov. Por meio dela ele definiu o estilo de garota que mais lhe apetecia: mesmo sendo jovem, ela deve ser como uma ninfa, trazendo comportamentos e aparências levemente maliciosas ( 小悪魔的: referência a alguém fofa e inocente por fora, mas com comportamento cruel, calculista e, talvez, sedutor por trás dessa aparência.).

Mas, agora, e especialmente no Japão, Lolita é entendida como tendo o significado oposto à dessa Lolita que Nabokov criou. (N/T: Novala está claramente se referindo à Lolita da adaptação de Kubrick e popularizada pelo pôster de pirulito, não a Lolita de Nabokov em si.)  Por exemplo, em vídeos de conteúdo Lolita adulto, esse tipo de garota coquete não aparece mais. Mulheres que já são adultas, mas parecem jovens em roupas de colegial por conta de seu rosto infantil, ou garotas que não tenham uma gota sequer de erotismo em seu corpo, são tratadas como Lolitas no Japão.

Quando falamos sobre Lolita, é importante entender as diferenças entre a definição da lolita de Nabokov e a interpretação da Lolita que, apesar de derivada desta primeira, é agora única ao Japão. 

Então, a fim de evitar confusão, eu gostaria de, primeiro, declarar que a interpretação japonesa de Lolita é a base da Moda Lolita.

Se você busca a origem desse estilo que parece saído de um conto de fadas ocidental e agora se vê afogado em rendas e babados, vá para a MILK, a loja de roupas que abriu em Harajuku nos anos 70. 

Na sua origem, as roupas da MILK eram excessivamente caras e pouco práticas para uso diário, então elas acabavam sendo usadas apenas por idols em suas apresentações. Mas, no coração de uma jovem (otome) não existem bordas entre a realidade e a fantasia (N/T: provavelmente em referência à impraticidade das roupas da MILK.). As jovens, atraídas pela explosão de fofura (キュート) da MILK, logo começaram a usar suas roupas no dia a dia.

Foi nesse ponto que o estilo das jovens (乙女), chamadas Lolitas, surgiu espontaneamente. A marca que posteriormente daria à moda Lolita guidelines mais definitivas apareceria apenas em 1985. Jane Marple é justamente essa marca, e foi fundada por Megumi Murano, ex-designer da MILK. 

Aqui é preciso dizer que a Moda Lolita passou e ainda passa pela vida de um grande número de diferentes jovens, com momentos de pico e declínio. Isso porque essa é uma moda universal.

MILK e Jane Marple, que são a origem da Moda Lolita, recentemente têm recusado o rótulo de marca Lolita apesar do suporte ferrenho que recebem das jovens que usam essa moda. Agora, marcas indies tomam a dianteira no BOOM da Moda, o qual deve logo se extinguir e então renascer.

O que, afinal, é a moda Lolita? Um estilo de excessivo romantismo (ロマンチソズム)? Uma quantidade desagradável de pessoas costuma, de maneira inconveniente, perguntar se Lolitas são garotas que se recusaram a crescer. 

Mas eu digo: O que é Lolita? Não existe resposta para essa pergunta. Se se trata de uma moda, de música ou política, cada estilo tem uma liderança (N/T: liderança, aqui, funciona como as influencers de hoje em dia) que a leva adiante e tece comentários a seu respeito. As ideias dessas líderes são propagadas para seus adoradores, que decidem seus estilos de acordo com essas ideias. Mas isso também significa que, quando uma líder está ausente, ou quando suas ideias não cabem aos anseios de quem as buscam, o estilo desaparece.

Não há resposta para o que significa Lolita porque não há uma liderança no estilo ou no conceito do que é uma Lolita. Mesmo o anarquismo, que nega todos os valores, tem um guru e preceitos firmes. Mas Lolita não tem isso. Talvez lolita seja a última forma do anarquismo. Cada Lolita tem sua própria definição do que é Lolita. É como se todos os hobbies se juntassem por aqui: Alice, coroas, anjos, ursinhos de pelúcia, Hello Kitty, Koitsukihime (marca muito famosa de bonecas que já fez parcerias com Juliette et Justine), Maki Kusumoto (mangaká muito popular nos anos 80/90), Bach, punk, caixas de músicas antigas, em Lolita é possível amar todos de maneira igual.

Lolita, inclusive, é capaz de combinar Rococó e ótico de maneira consistente. Mas, digo, ninguém é capaz de analisar, decifrar e sintetizar o conceito de Lolita.

Mesmo as designers das marcas que as Lolitas tanto amam não podem liderar o estilo. Faça suas próprias decisões, dependa apenas da sua própria estética, e siga apenas suas regras. Essas são as condições para viver como uma Lolita.   

De um ponto de vista profissional, roupas da Moda Lolita podem parecer um mecanismo de escapismo ou transformação. Mas isso é um grande erro. Lolitas vestem roupas que são criticadas pelas suas costas, seja por seus pais, parentes, amigos e até mesmo pela pessoa amada, isso tudo só por ela ser quem ela é.

 Esse é um comportamento de quem não se reconhece nos valores relativos da sociedade e nutre seus próprios valores pessoais. (N/A: para referência, o filme Peep TV Show! trata dessa mesma abordagem)

Enfim, como alguém que se devota ao espírito de Lolita, eu vou murmurar para o mundo: não tente nos entender;


E é isso! Num futuro distante talvez eu traduza os outros artigos desse livrinho :)
Espero que gostem!

20:36 2 comentários

"Your enemy is the old you! The new you will get a little bit faster every day until you're the best around."

- Pierce, 'New Horizons'.

 Depois de alguns dias de tempo fechado, finalmente fez Sol!


 
Encontramos vestidos da Moitie em Animal Crossing! Não tinha nenhum Silent Moon pronto, mas tinha Iron Gate e outros mais populares dessa nova leva deles, haha!


Fizemos pastel assado hoje também. (っˆڡˆς) Sem glúten e sem lactose. Requisitos necessários caso eu queira sorrir no dia de amanhã.

A receita é bem simples:

  • 2 xícaras de farinha de aveia ou arroz;
  • 1 ovo pequeno (sinceramente? Opcional);
  • 1 caixa de creme de leite (200g);
  • Pitadinha de sal;

Para preparar é só misturar tudo na sua vasilha até que solte da mão. Como usei farinha de aveia, demorou um pouco e acabei adicionando quase meia xícara de farinha de arroz extra até conseguir desgrudar da mão... talvez meu ovo tenha sido grande demais? Enfim, depois de misturar, é só abrir a massa e cortar os pedacinhos para fazer o pastel. Recheie com o que preferir! Fica no forno (180°C) por uns 30 minutos só e está pronto! Para fins de estética, você pode pincelar com gema de ovo antes de levar ao forno. Fica douradinho depois de assado.

 

E é isso! Quase-hover-lolita em ascensão para finalizar esse post. 

Rundown:
OP: Moi-Même-Moitiè [Review]
Meias: Red Maria
Headdress: Antique Beast
Todo o resto é offbrand


21:02 1 comentários

 Nessa semana estou assistindo a série chinesa "Nosso lugar secreto" (Somewhere only we know / 独家记忆 ) e qual foi minha surpresa ao encontrar algumas meninas usando Moda Lolita em um dos episódios!

Já comentei outras vezes de séries chinesas em que garotas(os) usando a Moda aparecem de maneira aleatória nos episódios, se lembram disso?

Em "Nosso lugar secreto" (2019) o feito se repete e, dessa vez, nem é pelas mãos das personagens principais ou algo do tipo! As meninas usando Moda Lolita fazem duas aparições no episódio 8 (especial de Ano Novo), enquanto Bai Lin (uma das 4 protagonistas) está em busca de atrações modernas para seu show de Ano Novo na faculdade. 

 Na primeira aparição (8:50) as garotas estão em uma fila na cantina da faculdade, e aparecem usando headdress, blouses e um JSKs por baixo do casaco de frio. Não consegui identificar quais peças, exatamente, elas estão usando.

Bai Lin se aproxima delas e as convida para participar do festival de Ano Novo. Elas recusam, argumentando que esses são shows são muito bregas (e são mesmo!), mas a Bai Lin as convence dizendo que elas poderão fazer as danças especiais delas. 

Esse argumento parece ser suficiente e então ambas concordam em participar do show. 

Essa é a segunda série que eu vejo em que a Moda Lolita é relacionada com algum tipo de dança. Acho isso muito curioso, já que nas mídias japonesas não é lá muy comum, né? Aqui, em eventos de anime e cultura japonesa, eu já vi pessoas da Moda subindo no palco para apresentações de ""dança kawaii"", mas eu, particularmente, não entendo bem a relação.

Na segunda aparição das garotas é explicado que elas são do curso de língua japonesa (na verdade, se você for atento elas aparecem sem vestidos nos primeiros episódios e são tratadas como chatinhas que fazem bullying com a protagonista), e daí elas já vão para o palco dançar. 

 

A dança não é mostrada, mas a música que toca no fundo é... Bad Apple, de Touhou Project! huauha
Não sei o seu nível de otakisse, mas Bad Apple foi uma música muito popular em meados de 2010 ~ 2012 (época em que a série se passa), quando começou a circular a versão de Vocaloid com MMD. A coreografia virou febre na internet entre os círculos de fãs de anime, jogos etc e tal.

 

Nessa apresentação (38:04) elas estão usando os mesmos vestidos de mais cedo, mas com um filtro diferente, haha! Reparem no oxford preto e branco usado pela moça de rosa!

Mesmo vendo a estampa, não tive muito sucesso em identificar o vestido. Se fosse de marca japonesa, eu chutaria que o escuro é algo da Alice and The Pirates, pelos detalhes que costumam aparecer nas peças delas (olha o Alice and the Labyrinth of the Clockwork World), mas como não deve ser mesmo, fica difícil identificar assim no olho. Dei uma olhada no lolibrary e no Chinese Lolita Updates de 2019, mas realmente, sem saber se o vestido sequer é preto ou marrom dificulta.


E é isso!

Voltei alguns vários episódios e não tinha qualquer referência à moda atrelada a essas personagens secundárias. Nem quando mostram o quarto delas, nem quando elas aparecem fazendo bullying, nem nada.

Ainda estou no episódio 9, então talvez apareça algo novo daqui pra frente... Se for esse o caso, eu volto aqui e atualizo! Se não, até a próxima!

21:09 4 comentários

 Aviso de Gatilho: Automutilação, depressão, violência, discurso de ódio e por aí vai.



Peep 'TV' Show


Ano: 2004
Duração: 98 minutos
Gênero: Drama
Pontuação: ***** ( 0/5 )

"Uma alienada de 18 anos que busca consolo na Moda Gothic Lolita, um hikikomori que não deixa seu apartamento há meses, um assalariado que vive a vida para dormir e uma atendente de balcão que alterna seus relances desinteressados às câmeras de segurança com a leitura incessante de panfletos anti-guerra são algumas das figuras  postas lado a lado pela misteriosa figura de Hasegawa e seu site de bisbilhotar a vida alheia."

 (Com SPOILERS! )

Vou começar essa review explicando que ela não será, exatamente, uma review.

A razão? Estou aqui pra falar de Moda Lolita, e ela não é o tema do filme.

Peep "TV" Show tem uma vibe muito experimental do início dos anos 2000, e usa e abusa de uma trilha com remixes urbanos e rasgos agudos, colagem de takes em diferentes tipos de câmeras, cenas de cotidiano não encenado e por aí vai. 

A história mesmo é sobre um jovem alternativo que tem como hobby "espiar" a vida alheia. Primeiro, olhando debaixo das roupas das mulheres, e depois, olhando a vida privada das pessoas (não vou afirmar com 100% de certeza que é a vida privada de mulheres, mas tenho a sensação de que eram só mulheres nas câmeras privadas dele). Nesse meio tempo ele nota como as pessoas estão todas tão mortas por dentro quanto ele, e é isso.

Se eu tivesse que explicar qual a "mensagem" do filme, diria que é sobre a decadência da humanidade. Mas não é nada digno à la Osamu Dazai não. Na verdade, dignidade é uma coisa que não tem em Peep. A decadência vem, segundo o protagonista, da midiatização e espetacularização de tragédias e violência via TV e internet, do estilo de vida consumista japonês, do isolamento das pessoas e da necessidade constante que as pessoas têm de manter as aparências.

E daí ele faz uma conexão doida com o atentado do 11 de setembro, o estado mental dos terroristas e o estado mental do povo japonês, reforçando várias vezes como eles, de algum modo, mortos, também habitam sob os escombros das torres gêmeas. Como eles, também, são terroristas do país em declínio.

Recomendo o filme? Não. Não recomendo. Dizer que é bom ou não é muito subjetivo, mas vou me adiantar e dizer que esse filme me trouxe a mesma sensação de lamber o chão do banheiro da rodoviária. Ou de ideias rabiscadas no canto do caderno de um adolescente em fase de rebeldia.

Mas, caso esteja interessada, aqui tem a review de alguém que gostou desse filme: link.

Dito isso, passo então para falar do que importa: da Moe, a protagonista mulher do filme que, curiosamente, usa Moda Lolita. Felizmente não é um filme fetichento da moda, mas ele traz aquele clichê que a gente tá cansada de ver da Lolita linda por fora, podre por dentro. (Mas o filme é de 2004, mesmo ano de Shimotsuma Monogatari, hehe).

Enfim, a primeira aparição da personagem que usa Moda Lolita (Moe) acontece nos minutos iniciais do filme, gravada como que de uma câmera de segurança posta no canto do quarto.

 A história dos personagens vai sendo contada de maneira concomitante, mas como meu interesse aqui é na apresentação da Moda Lolita, vou focar na jornada da Moe apenas.

Os quatro vestidos iniciais, obviamente oldschool pra gente em 2021, servem para ilustrar a narração que a própria personagem faz sobre como ela é capaz de mudar de aparência com suas roupas, e que ela gostaria que cirurgia plástica fosse algo tão fácil assim.


Quem vem de Shimotsuma Monogatari pode achar que essa será uma Momoko 2.0, mas não tem nada disso. A personagem, segundo ela mesma, sente que é incapaz de ser a "verdadeira ela", e que, por essa razão, ela estaria constantemente mudando de rosto (aqui aparecem imagens dela de VK, com Purikura que deforma o rosto, de outras JFashion etc. para ilustrar essa constante metamorfose dela.).

Não sei a marca exata, mas pelo histórico dela deve ser ou Pretty ou Baby

As cenas dela se arrumando intercalam outras cenas dela andando pela cidade (estou assumindo que é Tokyo, pelos takes da Laforet que aparecem às vezes) com uma amiga também em Lolita. 

Cena vai, cena vem, vários takes se seguem para mostrar a situação de depressão constante em que a Moe (18 anos) se encontra.

A narrativa com ela segue mostrando cenas dela na Jingu Bashi com as amigas, apontando o contraste que existe entre a vida dela do lado de fora (roupas lindas, amigas que gostam das mesmas coisas, fotos cheias de sorrisos, estranhos na rua pedindo fotos etc.) com o estado de espírito em constante decadência.

As outras amigas que usam Lolita são Nao (19 anos), Nagomi (21 anos), Misaki (22), e todas parecem ter vidas estáveis (financeiramente e emocionalmente) quando em contraste com a Moe (que comenta, em uma cena em que está sendo entrevistada por uma dessas revistas que tiram StreetSnap, que não tem emprego nem estuda, e que está procurando por um amigo no momento). 

Alguns trechos de entrevista são adicionados no filme com as amigas da Moe, incluindo uma Lolita (a Nagomi) comentando que usa a moda porque ela não tem confiança suficiente em sua aparência, mas que quando ela usou a moda, pela primeira vez ela se sentiu linda. Até aí tudo bem, né? Mas aí ela continua o discurso dizendo que existem duas dela: a que se veste de Moda Lolita e a outra. Ela começa a questionar qual delas é a real: a que tem confiança na aparência ou a que não tem? E expressa, por fim, o desejo de que ambas as suas identidades se fundam, para que ela não precise mais se vestir na moda.

Ficou confuso? Pois é, essa cena foi adicionada provavelmente para ilustrar o conflito em que a Moe vive. No final do texto eu deixei um extra comentando sobre uma das autoras desse filme e como ela se reflete na personagem no sentimento de despersonalização. 

È de Gobelin? y_y

 É nesse ponto do filme que a vida Moe cruza com a vida do protagonista (o Voyeur creepo) e ela começa a entrar nessa de espiar a vida dos outros (de maneira criminosa, preciso adicionar).  Ela passa a ficar obcecada com a tal da "realidade" que ele jura estar vivenciando (ou seja, olhando dentro da casa dos outros, estilo Big Brother mesmo) e parte atrás dele nessa empreitada. 

A personagem, que não é boba nada, acaba usando o protagonista para ver a "realidade" na casa do namorado dela, e acaba descobrindo que ele e a Nagomi tão tendo um caso pelas costas dela. 


Daí é o filme mostrando que todo mundo, até a perfeita da Nagomi, é degenerado. A Moe, é claro, entra num estado de negação, e começa a normalizar a situação porque, segundo ela, "é assim também na TV". O filme continua explorando as degradâncias da Nagomi, que tem um site de hate em que publica mensagens de ódio, um diário em que critica as próprias amigas (incluindo a Moe), e conteúdos relativos a suicídio, desejo de morte alheia etc. etc.

E olha só:


 Apesar de ser uma paródia exagerada, quantos blogs desse tipo eu não vi no passado? Ainda hoje, conteúdos desse tipo parecem fazer sucesso com uma parcela edgy de alternativos. 

Enfim, a Moe descobre o blog e lê as descrições detalhadas que a Nagomi escreve de sua relação com o namorado dela e daí o resto da vida dela desanda. Ela sai motivada por qualquer coisa e vai atrás do Voyeur para ajudá-lo nas filmagens cada vez mais íntimas da vida das pessoas. 


Daí eles passam a monetizar o site (porque sim, era o esperado), e a Moe topa colocar câmeras na casa dela para mostrar a "verdadeira ela". Lembram que era justamente esse o problema dela? De falta de personalidade, de não se reconhecer etc.? Com as câmeras, quem sabe, talvez ela consiga se encontrar.

Óbvio que não, né? O que acontece é que ela vive nesse estado de constante vigilância e autoconsciência. 

Mas o tal é que ela faz muito dinheiro (ela e o voyeur) com a espetacularização da própria rotina, e daí propõe para o Voyeur deles irem para o "Ground Zero" com essa grana. Esse é o lugar em Nova Iorque em que ficava o World Trade Center. 

Sim, sinceramente, eles agem como otakus de 11 de setembro. Mas enfim, ela quer ir lá ver se acha a ela que está perdida sob os escombros (metaforicamente falando) . O Voyeur recusa e ambos percebem que o Ground Zero deles é bem ali, naquele quarto em que eles gravam as coisas etc. 

Fim. 

Isso mesmo, fim. kakaka.
Sinto que desperdicei várias horas do meu dia vendo esse trem. Mas é a vida, e estou satisfeita por poder liberar espaço no meu HD.


EXTRA - Trivia

  • Lojas que são diretamente mencionadas são Alice AuuA (uma amiga da Moe comenta que comprou o visual dela todo lá por 35K Yen), Victorian Maiden, Baby, The Stars Shine Bright e Pretty (antigo nome da Angelic Pretty). O logo da Alice and The Pirates aparece em uma das bolsas da Moe.

  • O nome da protagonista ser Moe é proposital.

  • Procurei por reportagens sobre a repercussão do filme à época do lançamento e, como esperado, não tem tanto conteúdo sobrevivente de 2004 (para além de muita insatisfação do público geral, tipo eu).

  • Apesar disso, existem informações sobre uma das co-autoras, Amamiya Karin, que participava de bandas Punk ligadas a grupos de direita no Japão (o que talvez explicasse o aparecimento de suásticas aleatórias, para além da estética do VK. Particularmente, não sei do que se trata a ala direita política japonesa, mas nas entrevistas, e no próprio filme, ela comenta sobre sentimento anti-estadunidense, saudosismo pelo "glorioso Nippon" e anti-consumismo) e que se apaixonou pela Moda Lolita durante a adolescência, em um período turbulento de sua vida. Por seu texto, Karin parece estar num constante estado de depressão, despersonalização e automutilação (temas que envolvem boa parte de suas produções e, em Peep, parece ter servido de background para a protagonista Lolita).

  • Achei interessante que boa parte das críticas dos ocidentais normies é quanto à presença da Lolita no filme. Segundo eles "não faz sentido essas roupas", o que achei curiosíssimo diante de tanta coisa realmente sem sentido na ~trama~! A moda, inclusive, serviu pra ilustrar o contraste da vida da protagonista que se sente sem personalidade. Se voltarmos um pouco na história da moda, as moças que vestiam Lolita eram justamente ostracizadas da sociedade por "quererem chamar a atenção" ou "quererem ser únicas demais" (de maneira pejorativa) ou de serem materialistas, que é uma das contradições da Moe.

---- x -----


23:09 5 comentários

 

#fluff #lolitafashion #oneshot #fallinginlove #valentines

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Meu reflexo ia opaco contra a superfície das espátulas. Tentei desviar os olhos, consciente demais da monotonia de meu próprio rosto, e voltei a atenção para a fileira de tortinhas ainda por decorar.

Não era uma tarefa fácil. O verde choco do uniforme de confeiteira parecia invadir minha pele e criar raízes na exaustão que diariamente se assentava sob meus olhos. Não vou falar dos cabelos. Passavam tanto tempo dentro da touca de cozinheira que eu mal me lembrava de que algum dia os tivera. Pelo menos ali, entre rendas de chantilly e babados de pasta americana, eu podia extravasar aquilo que, ainda sem nome, deixava nós em minha garganta.

Mas hoje era São Valentin.

O dia dos namorados estrangeiro atraía uma série de clientes novos para a loja. Caprichar nas tortinhas era o mínimo que eu podia fazer — por eles, por mim e por...

— Rebeca, vem para o balcão.

Levantei da bancada em um salto e me adiantei para remover as luvas e enfileirar as tortas. Cuidei que o morango estivesse bem polido: uma colherzinha de açúcar caramelizado deixava o vermelho mais vibrante. Ela ia adorar.

Não consegui sorrir. Meu coração batia rápido demais para isso. Pousei a bandeja no mostruário e corri para o balcão, já beliscando a bochecha. Pela vitrine, vi quando ela chegou e parou do lado de fora, conferindo o cardápio.

Não sabia o seu nome, sabia apenas que todo São Valentín ela passava na confeitaria para levar suas tortinhas. Comprava uma bandeja inteira, deixava um sorriso e desaparecia por um ano.

Por um ano inteiro eu esperava, ansiosa, pelo dia em que ela voltaria para fazer seu pedido. Nunca repetira um vestido. Ela toda parecia ter saído de um conto-de-fadas, com laços, estampas e rendas que eu jamais sonhara ver de tão perto. Mas não era só isso: seu rosto, cada vez emoldurado por um corte de cabelo diferente, parecia refletir um tipo de felicidade inalcançável. Um tipo de felicidade que nasce de dentro, que cresce nos olhos e se derrama em um sorriso genuíno. Vê-la, de algum modo, me fazia acreditar que eu, que tantas vezes pensara não ter muita vocação para felicidade, poderia um dia também cultivar em mim aquele sentimento.

            — Gostei da sua roupa. — Ouvi um colega de trabalho comentar quando a garota se aproximou. — É de algum desenho?

            Meus beliscões na bochecha de nada adiantaram. Eu estava pálida novamente, o peito apertado com o comentário lançado sem muito tato. Ela ficaria ofendida? Deixaria de vir à confeitaria? Engoli em seco e não sei que força me empurrou para frente, impedindo-o de continuar com as perguntas.

            — Não. — Respondi uma oitava mais alta. — É claro que não!

            Eu sei que o silêncio que se seguiu não deve ter durado mais que dois ou três segundos, mas a ansiedade que me tomou fez com que o momento se esticasse por horas de pura angústia.

            Tive tempo de me arrepender, de engolir em seco e de desejar que o mundo acabasse naquele instante, mas contrariando todas as minhas expectativas, ela sorriu. Sorriu e, como uma adolescente, senti muito mais que borboletas embrulharem em meu estômago. 

            — Você conhece a moda? — Ela falou com expectativa nos olhos.

Assenti com a cabeça baixa e escondi meu celular no bolso, consciente das milhares de imagens salvas em minhas pastas. Meu fundo de tela, inclusive, era a capa de uma dessas revistas japonesas da moda – ela não tinha como saber, é claro, mas escondi o aparelho mesmo assim. Não combinava comigo, eu repetia cada vez que meu reflexo aparecia na tela escura, não adiantava sonhar.

— Você usa?

— N-não! — Minha voz saiu falhada. — É bonito demais para...

As palavras morreram em meus lábios antes que pudesse terminar. A garota à minha frente ergueu as sobrancelhas antes de franzi-las no mais teatral gesto de indignação.

— É bonito demais para não usar. — Ela completou, erguendo as mãos para o próprio cabelo, de onde destacou um lacinho. Acompanhei seu gesto com surpresa, e não reparei quando ela, já com a voz mais baixa, projetou o corpo para a frente e sussurrou: — Se vestidos falassem, tenho certeza de que brigariam para serem usados por uma moça como você. — Plop! Ouvi o lacinho recém-destacado prender-se à minha lapela. Ergui os olhos para encará-la e, surpresa pela proximidade, tive tempo apenas de sentir o perfume adocicado que usava.

Ela se afastou, recolheu a bandeja que pedira, e deixou o pagamento sobre o balcão. Já do lado de fora, acenou com cuidado, desaparecendo pela calçada do bairro.

Não me movi.

Na vitrine, meu reflexo, um pouco mais corado, um pouco mais vivo, parecia sorrir de volta. Não vi o cansaço, não vi a monotonia. Meus olhos, fixos no laço em minha lapela, vislumbravam com certa ansiedade o próximo dia de São Valentín.

 

 

 
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00:30 2 comentários

Gothic & Lolita Psycho
(GosuRori Shokeinin)

Ano: 2010
Duração: 102 minutos
Gênero: Horror, Gore
Pontuação: *** ( 2/5 )

"Yuki vive com seu pai Jiro e sua mãe Kayako em Tóquio. Sua vida pacífica é então perturbada quando um grupo de assassinos aniquila Kayako e fere Jiro. Yuki então busca vingança adornando-se na moda gótico-lolita e matando os assassinos."


(Sem SPOILERS! )

 

 

Sinopse é um negócio complicado de escrever, não é? Toda vez que pego para colocar aqui no blog fico chocada com a qualidade desses resumos. Não que tenham dito qualquer mentira, mas eu definitivamente não pegaria esse filme para ver se a única informação disponível fosse essa sinopse, auhuhauha!

Enfim, vamos lá.

Gothic and Lolita Psycho provavelmente é o segundo filme mais popular da Moda Lolita, perdendo, claro, para o Shimotsuma Monogatari (Kamikaze Girls). 

A fama de GLPsycho, porém, está aí porque esse é um filme super fácil de encontrar quando se busca por produções relacionadas à moda. Gothic and Lolita Psycho foi efetivamente exportado para o ocidente, e chegou a, inclusive, ocupar o catálogo da Netflix estadunidense no passado. 

A história é bem direta: a família da protagonista é morta por um grupo de assassinos e ela, então, decide partir atrás de vingança. 

Se você já está familiarizado ao estilo Splatter Gore Japonês de fazer filme, não vai encontrar lá tanta novidade em GLPsycho. Mas, se essa é sua primeira vez vendo algo desse tipo, sugiro dar uma conferida na versão censurada. As cenas de sangue são cortadas e, sinceramente, você não perde nada da história (história?).

Ah, nesse momento você deve estar se perguntando: Por que Gothic Lolita?
Porque sim. 

É isso.

Não existe qualquer razão para as roupas de Yuki, nem para o para-sol assassino ou mesmo para os closes constantes na bota maravilhosa que ela usa. E eu achei isso perfeito, haha.´ 

Claro que, sem o visual, o filme não teria lá o impacto que tem, mas, de modo geral, ele não tem qualquer relação com a história.

Adoraria se tivéssemos mais mídias que naturalizam o uso da moda. Nós também não temos lá nenhuma razão heroica ou extraterrestre para usar Moda Lolita, e ver isso na televisão lembra às outras pessoas que Moda Lolita não passa disso: roupas que nos fazem mais confiantes. 

O filme mesmo nem chega a tratar disso. É um monte de pancadaria bem ensaiada, sangue jorrando, membros decepados, efeitos bregas, pouquíssimo dinheiro e movimentos muito legais de câmera.

Minha cena favorita foi uma luta da Yuki contra a gangue de rua Kamikaze. É uma cena muito estilo Yakuza (o jogo), e que não acrescenta absolutamente nada para a história. Apesar disso, a luta é engraçada e os excessos no maneirismo trazem um respiro no meio de todo o sangue que jorra pela tela.

No fim, o filme é menos ruim do que eu esperava (mas não é lá muy bueno...).

O tom cômico das cenas alivia muito o excesso de violência gratuita, e o baixo-custo de todas as cenas certamente chama a atenção (dá para ver cabo de aço pendurado, erros de filmagem, personagem sussurrando coisas pra produção e por aí vai).

Confesso que queria sim a roupa da Yuki. Ia botar uma anágua mais cheia ali, uma underskirt preta, tirar aquelas luvas e tal. O corpete é muito bonito e, nas filmagens de perto dá para reparar na qualidade do material.


 Se eu indico esse filme?

Hmm, depende. Se você está curiosa, vale a pena sim. Se você quer algo para se divertir, bem, acredito que existam melhores oportunidades de entretenimento por aí. Pela história é que definitivamente não vale. 


Para finalizar, deixo então o trailer do filme. Atenção para o gore!

 
 
E aí, quais as suas impressões para esse filme?
22:32 5 comentários

 

Tinha um bom tempo que eu não pegava projetos da Otome no Sewing para costurar e mostrar aqui no blog! Eu geralmente separo os tecidos, corto os moldes e, quando me dou conta, a peça já está pronta e não fotografei nada para postar aqui auhuhahua

Mas, dessa vez fiz diferente e consegui registrar o passo a passo da costura desse vestido!

Então, como podem ver, esse é um vestido saco (sack dress), bastante popular para o sub-estilo Sweet. Um dos seus pontos positivos é que não tem marcação de costura na cintura, então acaba que o corte é um tanto mais acessível para diferentes medidas.

Então, sem mais delongas, vamos lá. 


 

A primeira parte, claro, é cortar os moldes. Esse vestido é feito de três partes para o corpo (uma frente e dois versos), manga, e então a parte da gola com o babador. 

 

Tudo cortadinho, é hora de costurar.

 

Seguindo o guia da revista, a ordem adequada é: cortar as partes centrais, costurar laterais, franzir onde é necessário franzir, pregar área do babador e então pregar o zíper. 

 

Costuradas as laterais, é hora de franzir. Vou aproveitar para compartilhar uma dica que aprendi na revista: 

Na hora de franzir uma parte, o ideal é costurar duas linhas paralelas e só então puxar a linha.  Assim você garante que o franzido fique certinho e não solte na hora de costurar. Não se esqueça também de passar o ferro sobre o franzido para marcar bem!




Franzido pronto, hora da gola e babador! Cortei tudo em tecido liso para dar o contraste. 

 

Preguei umas rendinhas na parte da gola e fiz um detalhe no babador. O detalhe, depois, se relevou inútil, já que as golas cobrem a parte da frente onde apliquei as rendas verticais. :0)

 

Ah! Não faça como eu e não se esqueça de costurar a renda na parte do babador de uma vez. Eu tinha esquecido e já fui prender ele no corpo direto. Resultado: tive de desfazer tudo e fazer de novo.

 

 Ok, hora então de pregar no corpo. Nessa hora é importante ajustar os franzidos para que a gola pregue certinho e sem causar distorções no tecido.

Hora então de passar para as mangas.

 

Decidi fazer as minhas mais curtas (não tinha pano o suficiente para fazer super longas...) e usar elásticos para dar o acabamento. Lembre-se de franzir o topo usando o método das duas linhas!

 

Em seguida é só usar o esquema da revista para pregar as mangas na roupa. 

 

Preguei o zíper invisível e então alinhavei as golas no topo. Hora do pesadelo.

 

Ok, essa foi a primeira vez que fiz golas desse tipo, e perdi mais tempo tentando entender como fazer essa parte do que efetivamente fazendo. O que você precisa fazer, aqui, é o seguinte:

  1. Cortar um viés de tecido de aproximados 50cm;
  2. Pregar esse viés na borda da gola com o vestido;
  3. Virar o viés ao contrário;
  4. Pregar o viés no corpo do vestido.  

 

 

E aí está! Que medo que passei de dar errado, huahuahu!  


Lembre então de cortar as linhas que sobram e dar o acabamento na barra! Eu escolhi costurar uma rendinha de algodão creme na bainha, usar uma fitinha de veludo que eu já tinha aqui e é isso aí.


 
 

O que acharam?


Dando minha opinião: esse vestido é até bem fácil de costurar. A parte mais difícil certamente é a gola e acertar o tamanho exato das peças para não ficar nada sobrando. 

Da primeira vez é natural dar um medo e acabar abandonando, mas agora que já fiz essas golas, já me sinto bem mais segura para tentar uma segunda vez!

De maneira geral, não precisa alterar nenhuma peça do molde original: ele cabe e encaixa certinho na hora de costurar, fiquei até bem surpresa com isso.

Para costurar um forro você provavelmente precisaria cortar todas as partes do corpo (sem contar o babador) dobradas, o que acaba encarecendo um tanto a peça (no final, você teria de fazer duas...)

Eu cortei o tamanho L do molde original e, no fim, as medidas ficaram:

  • Comprimento 89cm 
  • Circunferência da manga: 30cm (sem puxar o elástico) 46cm (elástico no máximo)
  •  Busto: máximo de 120cm
  • Cintura livre (não possui costura marcando): máximo de 160cm
  • Circunferência da gola: 40cm  
  • Linha do ombro: 38cm

E é isso! Até a próxima s2

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