Final de semana agora fui ao CCBB daqui de BH assistir a uma peça chamada "Leão Rosário". O panfleto prometia uma adaptação de Rei Lear, de Shakespeare, com elementos visuais inspirados nas obras de Arthur Bispo do Rosário. 

Pensei que seria uma boa oportunidade de usar o Silent Moon mais longo que comprei (e achei que já tinha postado a Review, mas nada... )! Essa é a segunda peça não-curta da Moitie que compro (a primeira foi o Rose Cross Catherine) e confesso que estou totalmente apaixonada! É tão fácil de usar!

Aproveitamos que nossa Mercedes particular estava vazia e tiramos algumas fotos combinando com os assentos uhaahuahu !

 Como é de praxe, o ônibus que leva para o CCBB balança mais que bote em pororoca. O Caio até gravou eu tentando ficar séria pra foto, mas sendo jogada de um lado pro outro  uhauhauhau

Enfim, chegamos no CCBB e fomos direto para a cafeteria!

 Como dá para ver, não aguentei esperar e dei uma mordida na comida antes da foto!  Eles servem esse pão de queijo com manjericão, pesto e tomate que é bom demaaaaaiisss! É quase uma refeição completa, de tão grande. 

 

Comi tudo porque tinha pago, mas nossa... tive de ficar lá mais de uma hora pra esperar a digestão e conseguir terminar os pratos, haha! Erro de iniciante!

Então, como disse, a peça é uma adaptação de Rei Lear. Você já deve saber, mas eu atualmente estudo Shakespeare no mestrado e, sempre que tem algo assim na cidade, eu vou, mesmo que a expectativa não esteja lá muy alta.

Pois então, não vou escrever nenhuma crítica teatral aqui nesse blog não, mas vou comentar que não gostei. Achei as ideias bem interessantes: adaptação da peça em um monólogo do Lear, utilização do imaginário de Bispo do Rosário, utilização de objetos para representar as personagens, transpor o universo bretão de Lear pra uma mescla de inspirações da África etc. 

Mas a execução, em si, não funcionou. O Rei Lear é considerado um dos papéis mais difíceis de Shakespeare justamente pela nuance necessária pra mostrar o "enlouquecimento" da personagem. Agora, se o diretor parte da premissa de que Lear já começa como um personagem louco, é necessário um cuidado redobrado para mostrar a manifestação dessa loucura cada vez mais exacerbada...

Infelizmente não teve isso. Teve foi um monte de diálogo picotado que ficou perdido no meio da peça.   Não era um monólogo de Lear, em si. Os outros personagens estavam presentes como vozes, e o picote deles no palco deixou a narrativa desses personagens sem início e sem final.

Achei que foi tudo bem mal aproveitado. Fiquei pensando que, se eu fosse diretora, teria investido mais nos elementos de africanidade que prometeram, e teria feito a alusão a Bispo do Rosário mais presente no palco, seja com um início/fim em um manicômio, ou com a lógica de "recriar o mundo" que o artista tinha por trás de sua obra. 

Enfim, não gostei. Mas toda experiência é válida, hehe. A moça que estava fazendo a transcrição para Libras foi o espetáculo da noite para mim. Fiquei chocada no quão expressiva era ela, e confesso que passei mais tempo observando ela que o ator do Lear.

Saindo da peça, tiramos algumas fotos no prédio (mas a iluminação era horrível):

Na lojinha de coisas mineiras que tem lá

E as tradicionais fotos de look!

Montei algo bem simples de usar: o OP, meias da Moitie que combinassem com o azul, uma botinha que fosse fácil de caminhar e acessórios mais simples. Tentei algo que não fosse incomodar enquanto sentada no teatro. Daí também não fui de anágua! Nas fotos abaixo eu estou com anágua em algumas delas, mas na maioria deixei ela de lado e contei com o ângulo pra saia não ficar escorrida.

Preciso comprar uma anágua longa agora e com menos volume que a minha (que já é murchinha...). Low poof pra vida.

Rundown: OP: Moi-Même-Moitié [Review] Bolsa: GuongWaner Meias: Moi-Même-Moitié [Review] Bota: Zatz