Nessa semana da criança (e do professor) aproveitei o feriado da escola e fui para Inhotim com o Caio! Para quem não conhece, esse é um dos maiores museus a céu aberto do mundo. Já fui lá algumas vezes, e gosto bastante de ver as exposições e, principalmente, os jardins. A área aberta é muito gostosa de explorar: tem muuuuuuitos insetos e pássaros diferentes que não costumo ver em outros lugares.

Estava planejando esse passeio há algum tempo e, como o transporte já é bem caro, precisava que nossas folgas coincidissem com o dia da gratuidade do museu (quarta-feira).

Inhotim é um lugar em que você tem andar bastante... então, enquanto planejava o que, exatamente, usaria por lá, decidi ir de all star e colocar minha bota apenas em algumas partes do parque. 

Definitivamente não recomendo usar nada de salto por lá. Não só pela exaustão, mas porque várias partes têm a calçada apenas de pedrinhas soltas ou lama (em caso de chuva), então o salto afunda e você não aproveita nada.

Para vestir, então, optei pelo vestido do set de verão que comprei esse ano! Como havia comentado no post de review, eu precisava fazer alguns ajustes na altura da peça. E foi o que eu fiz:

Cortei aproximadamente 10cm da barra para que ficasse mais ou menos na altura do Silent Moon longo que tenho. Achei muito melhor assim, já que agora, enfim, os sapatos aparecem.

 Decidi que cachearia o cabelo também, e usei a centenária técnica do rolinho de papel, hehe. Quando criança eu vivia com esses rolinhos no cabelo. Evento na escola? Rolinho. Foto de família? Rolinho. 1a comunhão? Rolinho.  

Mas eu dei bobeira e torci eles muito próximo da raiz! Acabei ficando igual à Maísa criança...! Hahahaha! Não deu certo, infelizmente, mas eu não tinha tempo de tentar algo diferente

Saímos de casa umas 7h e chegamos à rodoviária de BH por volta de 8h. Estava bem vazio, até.

A passagem, como disse, é bem cara: 150 reais ida e volta. A vantagem é que o ônibus te leva e busca diretamente da porta do museu.

A viagem foi tranquila, o motorista estava no ritmo dele e não houve contratempos no caminho. A estrada mesmo é bastante bonita (Minas Gerais é mesmo a top das tops~). Tentei fotografar as paisagens, mas pela janela com filme só consegui assim: 

Passamos por uma série de cidadezinhas e fazendas. Na volta tinha bastante vaca pastando e preparando para dormir. Na ida só vi alguns pássaros (urubu, principalmente ).

 Chegamos em Inhotim por volta das 9:30, mas só conseguimos entrar mesmo umas 10 e pouco. A fila estava IMENSA! E o calor, de matar... 32°C num lugar ultra úmido realmente acaba com a gente.

 Chegamos, demos umas voltinhas, e eu tive de mudar meu penteado. Prendi o cabelo, tirei o headdress (estava começando a suar já) e calcei as botas para dar um rolê e fotografar perto do lago da entrada:

Quando vi as fotos me dei conta de que não tinha sido uma boa usar bota sem meia longa com esse vestido. Devia ter escolhido um sapatinho mais veranesco, mas daí já era tarde e Inês era morta (de calor, provavelmente).

A cada esquina eu parava para tirar foto de alguma plantinha ou inseto divertido. Fiquei surpresa de encontrar bougainvillea (uma das minhas flores favoritas!) logo na entrada. Ao vivo a cor era espetacular!

Vou deixar algumas fotos de paisagem e exposição que tirei:

Essas são da galeria da Adriana Varejão. Esqueci de tirar foto do prédio (você pode conferir no link anterior), mas ele todo é incrível! A piscina sem borda é muito, muito bonita. Já o muro de carne é uma das minhas peças favoritas do museu!  Acredito que esteja por lá desde a fundação, já que em 2009 eu fui e já tinha essa peça... A nova montagem com os azulejos, porém, eu não curti muito. 

Só podem entrar 12 pessoas por vez e você fica meio pressionada pra entrar, olhar, e sair rápido... gosto quando posso tomar o tempo que eu quiser diante da peça. 

 Essa foi outra que gostei bastante, em outra galeria:

A pessoa dispôs esses retângulos pretos no formato e dimensão de um navio negreiro dos que vieram para o Brasil, dando a dimensão de como ficavam dispostos os escravizados traficados para o país. É uma peça bastante angustiante e, do jeito que foi disposta ali no galpão à meia luz, consegui antecipar a sensação claustrofóbica do transporte na embarcação.

Teve uma outra obra muuuito legal que não pude fotografar, mas era de um artista cubano que fez uma mini-havana com velas. As velas ficavam queimando em um ambiente 100% escuro. Achei incrível, dá uma impressão forte na primeira vez que você entra no espaço. 

Outra exposição bem interessante é a À la Lumière des Deux Mondes, que fica na galeria Tunda. Gostei, principalmente, da textura / material da peça, que parecia toda feita de fios de cabelo saídos da caveira maior.

Para chegar a todos esses lugares, como disse, tem de andar bastante... E, nesse calor, acho que o vestido até aguentou bem. Acabei precisando trocar quando deu umas 13h por causa do calor abafado... Nem de regata e shortinho eu estava aguentando. 

 Foto de alguns espaços abertos:

 E do jardim dos sentidos:

 Queria ter lembrado de tirar uma foto mais geral... é um jardim bem interessante, com vários tipos de planta que você pode provar ali mesmo. Comi umas 20 plantinhas diferentes, e apaixonei numa variação de hortelã doce que tinha por lá.

E o almoço! Tem um restaurante em Inhotim que custa 145 por pessoa. Passei perto e ouvi aquelas risadas de rico que usam pra meme... haha! No lado direito do parque tem um outro restaurante com preço de shopping, bem mais acessível... meu prato ficou em R$20!

E foi isso...!

Gostei bastante de visitar Inhotim, mas é impossível ver tudo em um dia só. Quero voltar logo mais, mas agora só quando a temperatura baixar pra uns 18°C. 

E créditos para o Caio, quem tirou todas as fotos em que apareço  

Rundown: OP, Wristcuffs, Bolsa, Colar 1: Moi-Même-Moitié [Review] Colar 2: handmade Botas: Lolita Pimenta  [Review]